S.Luís, rei de França, S. José Calasâncio, S.Gens, tabelião, S. Gens, comediante

25-08-2010 08:35

S.Luís, rei da França

Luís IX, foi terceiro franciscano. Nasceu em Poissy, no dia 25 de Abril de 1214. Começou a ser rei aos 12 anos. A mãe, Branca de Castela, era uma mulher piedosa, fina e enérgica que soube manter a herança capetiana. Em 1235 o rei inaugura o seu reinado pessoal, embora a mãe estivesse sempre ao seu lado. Era um rapaz bonito por dentro e por fora, mas cedo começou a ficar sem cabelo e concurda. à meia noite o rei vestia-se para matinas na sua capela. Acordavam-no para a hora prima. Assistia em seguida ao menos a uma Missa de defuntos e à Missa do dia cantada. O seu dia era ritmado pela terça, sexta, noa, vésperas e completas. Horas e tempos de oração. à noite, 50 Ave-Marias com genuflexões. Deitava-se sem beber, ao contrário do uso do tempo. Em viagens continuava a rezar as Horas, parava nas igrejas tanto tempo que os companheiros impacientavam-se. Nas grandes festas a lentidão do ofício aborrecia a bastantes. O rei gostava de se privar de coisas boas. Fazia jejuns. Confessava-se todas as sextas-feiras. Mandava oas confessores que o flagelassem e trazia o cilício. Os seus actos de caridade foram numerosos. Ajudou a Normandia em tempos de ruína, ajudou os cegos, pobres, doentes. O rei convidava para a sua mesa os mendigos. Visitava as leprosarias e cuidava dos doentes. A sua piedade era franca e livre. Depois do almoço, à maneira de recreio, gostava de cavaquear familiarmente. Luís distinguia-se pela honestidade, rectidão, coragem, firmeza e delicadeza requintada. Gostava de ler a Bíblia e a vida dos santos Padres bem como, discutir teologia. A sua política interna inspirava-se no mesmo princípio que a política externa: "A cada um o que lhe pertence". Faleceu no dia 25 de Agosto de 1270.

 

S. José Calasâncio

S. José Calasâncio foi com S.João Baptista de la Salle, um dos grandes educadores da juventude no século XVII. Nasceu em 1556 na província de Huesca, Espanha. Desde muito novo foi muito devoto. Estudo direito civil e canónico. Faz o doutorado em Alcalá, mas terminando volta para a sua terra e funda as "academias" para jovens. Em 1583, recebe o sacerdócio. Tinha apenas 28 anos quando o bispo de Jaca o nomeou seu teólogo. Com a morte do pai em 1586, José viu-se com uma notável riqueza que começou a distribuir por esmolas. Em 1590 foi nomeado vigário-geral para toda a diocese devido às reformas eclesiásticas que foi obtendo. Movido por uma inquietação interior pediu ao seu director autorização para ir a Roma, licença que lhe foi dada. Chegou na quaresma de 1592. Durante cinco anos teve uma vida oculta. Levanta-se cedo para fazer a peregrinação das basílicas antes da aurora. Ajudava nos hospitais e prisões e quando em 1596 surge a peste em Roma, ajuda S.Camilo de Léllis a combatê-la. Não gostava de ver a ignorância religiosa das pessoas e por isso em 1597 criou a primeira "escola pia" no presbitério de Santa Doroteia, no Transtévere, perto da ponte Sisto. Em 1617 o papa Paulo V, criou, com o pessoal de Calasâncio, uma congregação pulina dos Pobres da Mãe de Deus das Escolas pias. Em 1621, foi erecta como congregação de votos solenes por Gregório XV son o nome de Clérigos Pobres da Mãe de Deus. José foi nomeado Geral em 1622. Estas escolas se propagaram com muitas rapidez: Itália, Alemanha, Boémia, Polónia. Surgiram graves problemas nesta obras ao ponto de José e todo a cúria generalícia serem presos. José tinha na altura 86 anos. Foi ovido pelo Santo Ofício. O assunto foi esclarecido, mas José teve que trabalhar com o Pe. Mário Cherubini que em nada lhe facilitaram a vida. José suportava os ultrajes com paciência. As Escolas pias foram perseguidas ao ponto do papa Inocêncio X as suprimir. Morre no dia 25 de Agosto com quase 92 anos. Em 1656, o instituto foi reconstutuído por Alexandre VII. José tinha-o profetizado.

 

S.Gens, tabelião

Foi um notário cristão que foi martirizado em Arles, França, no tempo do imperador Diocleciano (284-305). A difusão do seu culto na Gália, na Italia e na Hispânia deu origem ao desdobramento em três homónimos: um de Roma, outro de Barcelona e o terceiro de Córdova. O de Roma é considerado padroeiro dos comediantes e palhaços. Historiadores medievais peninsulares completaram esta multiplicidade de santos promovendo um "Gens" espanhol (talvez o de Córdova) a bispo de Lisboa. A lenda deixou vestígios nos nomes dos templos da capital portuguesa, onde existe ainda uma ermida consagrada a Nossa Senhora do Monte e a S. Gens de Lisboa. S.Gens deu o nome a duas freguesias (nos concelhos de Fafe e de Montemor-o-Novo), a cerca de 15 lugares, a uma serra, a quintas e até a uma mina de volfrâmio.

 

S. Gens, comediante

Sendo actor, fez uma cena que ponha a ridículo o cristianismo. Fazia o papel de pagão a receber o baptismo. Mas curiosamente no fim do espectáculo quiz ser discípulo de Cristo. Como o cristianismo era nessa altura perseguido e ele não o quiz negar morreu decapitado.