S. Lourenço, Santa Filomena

10-08-2010 07:42

S. Lourenço

O papel  dos diáconos na igreja primitiva era de suma importância, comparável em muito àquele que hoje desempenham os Cardeais da Cúria. Havia sete que ajudavam em tudo o Romano Pontífice, especialmente na celebração dos divinos mistérios. O Arcediago ou primeiro dos diáconos era a personagem mais importante, logo abaixo do Papa, administrava todos os bens da Igreja. Tudo o que é temporal dependia dele: dirigia a construção dos cemitérios, recebia as esmolas e conservava os arquivos. Dele dependiam em grande parte todo o clero romano, os confessores da fé, as viúvas, os órfãos e os pobres. Prevendo-se que viria a ocupar este cargo, olhava-se para ele já como imediato sucessor do pontífice reinante, do "seu papa", como dizem as inscrições. Este era o cargo que em Roma ocupava, em meados do século III, S.Lourenço, espanhol, natural de Huesca.O martírio impediu-lhe chegar ao papado. O pap Sisto II tinha sido morto com quatro dos seus diáconos no dia 6 de Agosto do ano de 258, reinando Valeriano. Estava a celebrar os sagrados ritos no cemitério de Calisto. Lorenço morre, "estendido no assador de ferro", como dis Prudêncio. A atitude heróica do mártir, no meio do fogo das grelhas, é uma das páginas mais gloriosas da primitiva Igreja cristã: "Já está cozido deste lado, diz ele ao verdugo, dá-lhe a volta e come". Depois de S. Pedro e S. Paulo, a festa de S. Lourenço, foi a maior da antiga liturgia romana. O que foi S. Estêvão em Jerusalém, isso mesmo foi S. Lourenço em Roma. É de referir ainda que é padroeiro da cidade de Ermesinde à qual pertence a nossa escola.

 

Santa Filomena

A história desta santa começa a 25 de Meio de 1802, dia em que se descobriram certos ossos ao escavar-se na catacumba de Priscila. A 8 de Junho de 1805 foram dados ao cónego Francisco de Lucia que os levou para a sua paróquia de Mugnano, na diocese de Nola, Itália. Houve milagres, organizaram-se peregrinações e depressa se tornou universal a celebridade da Santa. O "cura" de Ars, S. João Maria Vianney, tinha por ela extraordinária devoção e a ela atribuía os seus prórpios milagres, chamava-lhe sua encarregada de negócios, seu embaixador junto de Deus e aquela que lhe emprestava o nome. Tornou-se a "milagreira do século XIX".